A história começa com um evento histórico chamado a Troca de Colombo. Em 1492, quando Cristóvão Colombo pisou na América, ele acidentalmente abriu uma das maiores revoluções alimentares da história. Os exploradores europeus trouxeram batatas, tomates, pimentas, cacau e muitas outras culturas da América para casa. E a partir daí, elas se espalharam por toda a Ásia, África e todos os cantos do planeta. Isso mudou completamente a forma como as pessoas se alimentam, cozinham e sobrevivem. Sem essas coisas, você imagina um mundo sem batatas, sem tomates, sem chocolate. Este mundo certamente seria muito monótono e este mundo nem mesmo seria picante sem pimentas.

A Troca de Colombo conectou dois mundos. O velho mundo, que é a parte do mundo conhecida anteriormente, incluindo Europa, Ásia, África, e o novo mundo, que é a América, criando uma culinária global que estamos desfrutando hoje.

Vamos começar com batata. O humilde tubérculo da região dos Andes se tornou o salvador da humanidade. Quando a batata chegou à Europa no século 16, foi severamente desconfiada. Muitas pessoas a chamavam de comida do diabo por crescer debaixo da terra, havia até rumores de que causava lepra. Mas no século 18, a batata virou o jogo. Com alta produtividade, fácil de cultivar em solo pobre em nutrientes, a batata se tornou o alimento básico na Europa, especialmente na Islândia. Ela ajudou as pessoas a superar a fome, impulsionou o crescimento populacional e apoiou a industrialização ao fornecer energia barata.

Um fato interessante na Islândia do século 19, a batata representava até 80% das calorias na dieta das pessoas. Mas tragédias também ocorreram. A fome da batata no meio do século 19, devido a uma praga, fez milhões de pessoas morrerem ou serem forçadas a migrar, a maioria para os Estados Unidos. Isso mostra a importância da batata para a Europa na época. Na culinária, a batata é usada de forma muito diversificada, desde batatas fritas no McDonald's até na sua própria cozinha. Purê de batata no jantar de Natal, até bolinho de batata na Índia ou sopa de batata com carne em Vietnam. A batata está presente em todas as culinárias.

As batatas fritas são uma das estrelas da indústria de fast food, contribuindo com até 30% da receita de cadeias como McDonald's e KFC. Na Alemanha, as pessoas consomem em média cerca de 57 kg de batatas por ano, e este é um dos países que mais consome batatas no mundo, o que equivale a comer batatas quase todos os dias. A batata não é apenas um alimento, mas um fenômeno global. Em seguida, temos o tomate, a fruta que se tornou a alma da culinária italiana. E mais, quando o tomate chegou à Europa da América do Sul, foi desconfiado de ser venenoso por pertencer à mesma família de uma planta tóxica chamada, mas os italianos ousaram experimentar e, até o século 18.

O molho de tomate nasceu e se tornou o coração de pratos como pizza e massa. O tomate não é apenas um alimento mais saboroso com seu sabor agridoce característico, mas também um alimento mais bonito com sua cor vermelha vibrante. O tomate conquistou todas as culinárias. No Vietnã, o tomate está presente em sopas azedas, saladas e também é usado de forma muito criativa. Muitas pessoas até se perguntam na internet, como os antigos cozinhavam peixe sem tomate? Na verdade, não faltava nada, mas o tomate ajuda a realçar os sabores dos pratos.

Um número impressionante, o mundo produz cerca de 180 milhões de toneladas de tomates por ano, com os EUA, Itália e China sendo os principais consumidores. Na Itália, em média, cada pessoa come 25 kg de tomate por ano, a maior parte na forma de molho para massa. O tomate também dá origem a festivais únicos na Espanha. O festival de lançamento de tomates atrai dezenas de milhares de pessoas para se divertir, com mais de 120 toneladas de tomates usadas a cada vez. O tomate não é apenas um alimento, é um símbolo de alegria e criatividade na culinária. Agora vamos falar sobre pimenta, o tempero que incendiou o paladar global.

Pimenta tem origem na América Central e do Sul, sendo cultivada pelos nativos há mais de 6000 anos. Quando a pimenta chegou à Europa através dos portugueses, rapidamente se espalhou pela Ásia e África. Na Índia, a pimenta transformou o curry de insípido em uma explosão de sabores, fazendo a fama da culinária indiana. Um fato interessante é que antes da pimenta aparecer, os indianos usavam pimenta-do-reino para dar sabor picante. Mas a pimenta-do-reino era cara, a pimenta era mais barata, fácil de cultivar e rapidamente dominou o lugar da pimenta-do-reino. Na Coreia, o kimchi é um prato considerado a alma da nação e o kimchi não seria nada sem pimenta.

No Vietnã, a pimenta também é muito importante, molho de peixe, pimenta, molho de pimenta para o pho. Essas são as coisas que fazem os comensais comerem e suspirarem. Haverá alguns números quentes, que comprovam a importância da pimenta. O mundo consome cerca de mais de 20 milhões de toneladas de pimenta por ano. A Índia é o maior consumidor e também é o país que produz mais de 40% da pimenta global. Na Coreia, em média, cada pessoa consome até 8 quilos de pimenta por ano, o que equivale a adicionar pimenta na maioria das refeições. Nos EUA, o molho Sriracha feito de pimenta vende mais de 20 milhões de garrafas por ano, tornando-se um ícone da culinária moderna. A pimenta também dá origem a desafios culinários, como a competição de comer pimenta no México, onde o vencedor pode comer até 100 pimentas super picantes em poucos minutos. Você se atreve a tentar?

Em seguida, temos cacau, que fez o mundo todo derreter. Na América, os maias e astecas consideravam o cacau um presente dos deuses, usado em rituais e como moeda. Um saco de grãos de cacau poderia comprar um coelho. Quando os espanhóis trouxeram o cacau para a Europa, eles adicionaram açúcar e o transformaram em chocolate, a bebida luxuosa da nobreza. No século 19, o chocolate sólido nasceu e desde então se tornou um alimento global. Hoje, o chocolate é um símbolo de amor, felicidade e doçura. Embora seu sabor amargo às vezes seja ainda mais forte. O mundo consome cerca de 7,7 milhões de toneladas de cacau por ano, com a Europa representando cerca de 40%.

A Suíça é o país líder em consumo de chocolate, com cada pessoa consumindo em média 8,8 kg de chocolate por ano. Esse número é o dobro do dos EUA. Na Bélgica, o chocolate artesanal é uma arte, com mais de 2000 lojas de chocolate de alta qualidade em todo o país. O chocolate também dá origem a eventos culturais, como o festival de chocolate em Paris, onde chefs criam enormes estátuas de chocolate que atraem milhões de turistas a cada ano. A partir do pequeno grão de cacau, a América deu ao mundo um legado cheio de doçura. Além disso, você conhece outros tubérculos ou frutas que vêm da América?

Mas por que essas coisas vêm da América?

Primeiro, vamos falar sobre geografia. A mão da mãe natureza criou a América como um playground perfeito para as culturas. A América é um continente super diverso que se estende desde as regiões geladas do Ártico até as florestas tropicais da Amazônia. Aqui existem todos os tipos de terrenos, desde os planaltos dos Andes, florestas tropicais úmidas, até as ricas planícies da América do Norte. Cada região tem seu próprio clima, solo e altitude, como um enorme laboratório natural. Mas a natureza é apenas uma parte da história, o restante pertence aos humanos, os povos nativos da América.

Eles são os grandes cientistas e não precisam de laboratório. Os que vivem na cordilheira dos Andes domesticaram a batata há mais de 7000 anos, transformando um pequeno tubérculo selvagem em uma fonte de alimento principal. Eles selecionaram variedades, cruzaram, e até inventaram uma maneira de secar batatas para conservá-las durante os rigorosos invernos. Elas podem ser armazenadas por até 10 anos e ainda serem comestíveis. Com o tomate, os povos indígenas da América do Sul cuidadosamente cruzaram a pequena fruta selvagem em uma fruta grande e suculenta, rica em nutrientes, adequada para muitos pratos. Eles não apenas cultivavam, mas também sabiam como usar o tomate na medicina como um remédio para dores de estômago.

Os nativos também criaram técnicas agrícolas inteligentes, sendo a técnica típica chamada de as três irmãs. As três irmãs aqui são milho, feijão e abóbora. Essas três irmãs são plantadas juntas. O milho serve de suporte para o feijão trepar, fornece nitrogênio ao solo, e a abóbora cobre o solo para manter a umidade e impedir ervas daninhas. Essa técnica ajudou a alimentar até 5 milhões de pessoas em antigas cidades como Tikal ou Machu Picchu sem a necessidade de máquinas modernas em seu auge. Esses super tubérculos e frutas não apenas mudaram a culinária, mas também impactaram profundamente a cultura e a economia. A batata impulsionou a industrialização ao fornecer energia barata, ajudando a Europa a se desenvolver nos séculos 18 e 19. O tomate criou a indústria de alimentos processados.

A pimenta criou culinárias picantes que explodiram a indústria global de especiarias, avaliada em mais de 20 bilhões de dólares. O chocolate se tornou uma enorme indústria com grandes marcas e milhares de lojas artesanais. Eles também se infiltraram na cultura. As batatas fritas são a língua comum da juventude. O tomate embeleza todos os pratos e a pimenta é um desafio para os amantes de comida picante. E o chocolate é a personificação do amor. Culturalmente, esses super tubérculos e frutas têm significados profundos.

Para os maias, o cacau é um símbolo de sacralidade usado em casamentos e rituais. A pimenta é vista como o fogo espiritual que estimula a coragem e a vitalidade. A batata e o tomate são símbolos de sobrevivência que ajudaram os nativos a superar os invernos rigorosos. As batatas fritas são o lanche mais popular do mundo, com 7 bilhões de porções vendidas a cada ano nos EUA. O tomate é a alma da pizza, um prato consumido em até 5 bilhões de unidades anualmente em todo o mundo. A pimenta é uma explosão de desafios culinários. E o chocolate é o salvador em dias tristes, com um bilhão de barras de chocolate vendidas a cada dia no mundo.

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