Era uma vez, durante a Segunda Guerra Mundial, os tanques como o T34 da União Soviética ou o Panzer 4 da Alemanha disparavam efetivamente a uma distância de cerca de 1,5 km no máximo. Isso significa que atirar de uma extremidade da aldeia até a outra era aceitável, mas disparar mais longe geralmente resultava em erro. Mas com monstros como o Tiger da Alemanha, o canhão de 88 mm podia atravessar alvos a uma distância de 2 a 3 km. Naquela época, as forças aliadas chamavam o Tiger de pesadelo de aço, pois eram atingidos antes de conseguir retaliar. Hoje em dia, é ainda mais aterrorizante. Tanques modernos como o Abrams dos EUA, Leopard 2 da Alemanha ou T90 da Rússia têm canhões lisos de 120 a 125 mm. Munições perfurantes são eficazes a distâncias de 3 a 4 km, enquanto mísseis lançados através do cano podem voar até 8 km.
Para facilitar a visualização, é como se você estivesse em um campo em Mỹ Đình e acertasse um alvo no Lago Hoàn Kiếm. Claro, a trajetória é reta e não há nada obstruindo. Pode parecer inacreditável, mas existem algumas dicas que ajudam os tanques modernos a disparar com precisão.
Primeiro, é o canhão liso. Antigamente, os canhões tinham estrias para fazer a munição girar e estabilizar, mas ao disparar munições perfurantes do tipo flecha, as estrias faziam a munição perder velocidade e potência. Assim, as estrias foram removidas para que o cano fosse liso, permitindo que a munição voasse reta e rápida. O resultado é que a velocidade da boca do canhão pode chegar a 1700 m/s, ou seja, cinco vezes a velocidade do som. Em segundo lugar, agora existem computadores de balística. Dentro do tanque, há um cérebro eletrônico que calcula a velocidade do vento, a distância, o ângulo de inclinação do tanque, até mesmo a temperatura. O comandante só precisa mirar, e o computador cuida do resto. Em terceiro lugar, o sistema de mira é muito moderno. Os tanques têm visores infravermelhos, laser para medir distâncias, e à noite, a visibilidade é tão clara quanto durante o dia. O canhão também possui um sistema de estabilização. Isso significa que o tanque pode se mover e disparar ao mesmo tempo, ainda assim acertando o alvo, sem precisar ficar parado.
Então, o que acontece quando um tanque acerta um alvo?
Isso é o que assusta as pessoas. Se um tanque atirar em outro tanque, a munição perfurante atravessará a espessa camada de aço. Ao atravessar, cria uma onda de calor imensa que faz o interior explodir. Às vezes, a torre pesada de várias toneladas é lançada para o céu. Essa cena provavelmente já foi vista em muitos vídeos de guerra ou simplesmente em jogos. Se disparar contra uma fortificação ou um edifício, uma única explosão é suficiente para destruir paredes de concreto e lançar soldados escondidos para longe.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados Sherman ou T34 costumavam disparar diretamente em casas com atiradores de elite, e com apenas um tiro, limpavam tudo. E se disparassem contra a infantaria desprotegida, quase não havia chance de sobrevivência. A força da explosão e os estilhaços poderiam varrer uma área de dezenas de metros. Imagine uma munição de tanque se movendo a uma velocidade de até 1,7 km/s, ou seja, muito mais rápida do que uma bala de rifle. Seu poder de destruição é como se um carro inteiro colidisse com um alvo a uma velocidade supersônica.
Quanto à precisão, imagine um jogador chutando uma bola do campo em Mỹ Đình e marcando um gol em um gol localizado no campo de Hàng Đẫy. Pode parecer uma história fantasiosa, mas tanques modernos conseguem fazer coisas assim.
Como os tanques se desenvolveram?
A história começa na Primeira Guerra Mundial. Esta foi uma guerra extremamente especial no início do século 20. Pela primeira vez, a humanidade trouxe todos os tipos de armas industriais para o campo de batalha. Desde metralhadoras, artilharia pesada, gás venenoso, até aviões. Mas devido à força das metralhadoras e da artilharia, ambos os lados caíram em uma situação chamada guerra de trincheiras, ou seja, cavar trincheiras para se defender e atirar um no outro por anos, com a linha de frente avançando apenas alguns quilômetros. Nesse momento, os britânicos pensaram em algo que fosse robusto, que pudesse ser blindado contra balas, que pudesse atravessar trincheiras e cercas de arame farpado, e que pudesse transportar soldados para frente. Assim, o tanque Mark 1 nasceu em 1916, o primeiro tanque da humanidade.
Se olharmos com olhos modernos, o Mark 1 não é diferente de uma caixa de metal que sabe se mover. Ele pesa cerca de 30 toneladas, com uma velocidade máxima de 6 km/h, ou seja, mais lento do que um idoso andando de bicicleta hoje. Mas sua grande vantagem é que possui esteiras largas que atravessam trincheiras e é equipado com metralhadoras e um pequeno canhão. Embora fosse lento, ainda assim era um pesadelo para o inimigo. A partir daí, os tanques apareceram oficialmente no mapa da guerra. Eles provaram que, ao combinar indústria pesada e campo de batalha, a humanidade poderia criar uma arma que mudaria o curso da história.
Se a Primeira Guerra Mundial foi um teste, na Segunda Guerra Mundial os tanques realmente explodiram em popularidade. Esta foi a fase em que superpotências como Alemanha, União Soviética, EUA e Reino Unido competiram para fabricar tanques, tornando-os a alma das campanhas. Os alemães foram especialmente criativos, inventando a tática chamada Blitzkrieg. Em vez de prolongar a guerra de trincheiras como na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha usou os tanques Panzer como a ponta de lança, em coordenação com a força aérea para bombardear e a infantaria mecanizada. O resultado foi que, em poucas semanas, eles conseguiram varrer um país inteiro, da Polônia até a França. Os modelos Panzer 3 e Panzer 4 eram a espinha dorsal do exército alemão.
Mais tarde, a Alemanha lançou o Tiger 1 e o Tiger 2, pesando até 70 toneladas, com blindagem tão espessa quanto uma muralha. O canhão podia disparar a distâncias de dois a três quilômetros, fazendo os aliados suarem frio. Um único projétil do Tiger poderia destruir um tanque inimigo a uma distância em que o oponente ainda não conseguia disparar. Mas o verdadeiro herói da Segunda Guerra Mundial foi o tanque T34 da União Soviética. Introduzido em 1940, o T34 se destacou por reunir muitos fatores: barato, durável, fácil de produzir e suficientemente poderoso. Enquanto os tanques alemães eram complexos e difíceis de fabricar, o T34 precisava apenas de algumas fábricas em Ural. No total, a União Soviética produziu mais de 80.000 T34, um número colossal, que por si só fez com que os alemães não conseguissem reagir a tempo.
Além disso, o T34 tinha um design extremamente inteligente, com blindagem inclinada, dificultando a penetração de projéteis, esteiras largas, que funcionavam bem na neve e na lama, e um canhão de 76,2 mm que foi posteriormente aumentado para 85 mm, suficiente para derrubar muitos tanques alemães. Pode-se dizer que o T34 é o tanque mais importante da história da humanidade. Do outro lado do oceano, os EUA lançaram o M4, que embora não fosse tão poderoso quanto o Tiger ou o Panzer alemão, nem tão inteligente quanto o T34, tinha a vantagem da produção em massa. Os EUA produziram mais de 50.000 unidades do M4, enviando-as para todos os fronts. Se considerarmos a guerra como um jogo de números, o M4 é o que preencheu a lacuna, talvez apenas atrás do T34. Após o término da Segunda Guerra Mundial, o mundo entrou na era da Guerra Fria.
Os EUA e a União Soviética não se enfrentaram diretamente em grandes campos de batalha, mas competiram em armamentos. E, claro, os tanques eram uma parte muito importante em terra. A União Soviética lançou uma série de modelos de tanques T54, T55, T62, T72. Esses tanques foram exportados para todo lugar, Oriente Médio, Leste Europeu, África e até mesmo Vietnã. Durante a guerra contra os EUA, os T54 e T55 apareceram, apoiando nossas forças em grandes operações. O ponto forte dos tanques soviéticos era a simplicidade, facilidade de uso, baixo custo e extrema durabilidade.
Muitos T55 produzidos na década de 1950 ainda estão em operação em algum lugar do mundo. Enquanto isso, os EUA desenvolveram o M48, M60 e mais tarde o M1 Abrams no final da década de 1970. A OTAN também possui o Leopard da Alemanha e o Challenger do Reino Unido. O M1 é um verdadeiro monstro, pesando mais de 60 toneladas, com blindagem composta extremamente espessa, canhão liso de mais de 120 mm e, especialmente, um motor a gás que funciona suavemente, semelhante ao de um avião. No entanto, os custos operacionais são extremamente altos. Estima-se que apenas para um tanque desse tipo percorrer um quilômetro, gasta-se mais combustível do que um carro que percorre 200 quilômetros.
Tanques modernos
Entrando no século 21, muitas pessoas acreditam que os tanques estão ultrapassados, pois a guerra moderna tende a se concentrar em mísseis e drones. Mas, na realidade, os tanques ainda são a espinha dorsal das forças terrestres. Junto com isso, os custos são extremamente altos. Por exemplo, o M1A2 Abrams custa cerca de 8 a 10 milhões de dólares por unidade, sem contar os custos operacionais, enquanto o Leopard 2A7 custa cerca de 9 milhões de dólares por unidade. O K2 Black Panther chega a 10 milhões de dólares por unidade, sendo considerado um dos tanques mais caros do mundo. O T90M custa cerca de 4 a 5 milhões de dólares por unidade, muito mais barato, permitindo que a Rússia venda para muitos países.
Hoje em dia, muitas pessoas se perguntam se, na era dos drones e mísseis de alta precisão, os tanques ainda são úteis. Na realidade, os conflitos na Ucrânia mostraram que os tanques podem facilmente se tornar alvos para drones e mísseis antitanque. Milhares de tanques foram destruídos, levando muitos especialistas a prever que a era dos tanques chegou ao fim. Mas também é importante lembrar que os tanques ainda são a única força que pode ser ao mesmo tempo móvel, com forte poder de fogo e boa defesa em terra. Aviões voam no céu, drones são facilmente abatidos, mas para conquistar uma cidade ou uma colina, ainda são necessárias as esteiras dos tanques.
O futuro dos tanques pode ser mais compacto, integrando inteligência artificial, sistemas de defesa a laser, e até mesmo controle remoto. Mas certamente eles ainda existirão, pois desde 1916, nenhum tipo de arma conseguiu substituir completamente os tanques. O rei do campo de batalha é o tanque.